Afinal Polícia de Estado ou de Governo?
Durante os anos que estive no serviço ativo da Polícia Militar do Estado de São Paulo, foram eleitos diversos governadores com as mais diversas maneiras de administrar o Estado e consequentemente as Forças de Segurança Pública, que tinham que se adaptar as novas diretrizes que cada governador impunha.
Não percebia, mas lentamente fomos nos tornando subservientes dos governos, tendo nosso Alto Escalão cada dia mais politizado, uma vez que o mais alto posto da Instituição é indicação de cada governador em exercício e consequentemente, nossos comandos cumpriam ordens que, mesmo com a insatisfação dos comandados, satisfaziam os desejos e indiretamente faziam o politicamente correto para a opinião pública e trabalhava na imagem do político que ocupava o Palácio dos Bandeirantes por período determinado.
Aos poucos vimos nossas polícias infelizes, pois estavam deixando de cumprir com a Missão principal, que de acordo com a Constituição Federal em seu artigo 144 em seu § 3o As corporações militares, se existentes, destinadas, primordialmente, à manutenção da ordem pública e da segurança interna e ao exercício de outras funções, nos termos da lei, constituir-se-ão em forças auxiliares e reserva do Exército, subordinadas aos Governadores dos Estados;
Em 2018, após 31 anos servindo a população paulista, entrei para o cenário político e como Deputado Estadual por São Paulo, pude perceber que essa influência era muito maior do que eu via enquanto estava empenhado nos serviços operacionais.
O que parecia uma missão que levando como bandeira principal, a melhoraria das condições de vida dos servidores da Segurança Pública, tinha em mente que minha principal batalha seria no plenário do Estado, criando Projetos de Lei para suprir as demandas da classe e lutar por suas aprovações com os demais parlamentares, até que percebi que me tornei oposição ao Governo e em consequência, ao Alto Comando da Corporação a qual dediquei a maior parte de minha vida.
Vi uma polícia completamente política, que não lutava pelos seus pares, mas obedecia incontestavelmente as ordens do governador, galgando uma posição em uma Secretaria ou sendo indicado para o Comando Geral da Polícia Militar, sem levar em consideração o sofrimento que permeava a corporação e seus membros.
Percebi que era completamente subserviente ao Governador do Estado, desconsiderando todo o restante do contesto da constituição em seu artigo 144, que em minha percepção deixou de ser uma Instituição do Estado, passando a se tornar um Órgão do Governo.
Minha missão passou a ser muito mais complexa, pois é uma luta desigual, embora com maioria numérica, uma vez que conto com o apoio de grande parte de meus pares, é minoritária em Poder, uma vez que se encontra engessada por um governo que hoje ocupa o Palácio dos Bandeirantes e por alguns comandantes acovardados, que mesmo vendo os seus pares morrendo a míngua, sua ganância ficou maior que sua humanidade.
2022 será um divisor de águas, pois podemos mudar tudo isso através de nosso voto, pela primeira vez em muitos anos, Paulistas terão escolhas e como cidadãos, devemos estar atentos não só aos cargos do executivo, mas ao fortalecimento do Legislativo Federal e Estadual e do Senado.
Continuamos Firmes na Trincheira, na certeza de que seremos vencedores dessa Batalha, com Deus no Comando sempre!
🇧🇷tem meu respeito e apoio, pois acompanhei seu trabalho desde 2019 na política, aliás acompanhei o trabalho de todos os Deputados da bancada da bala.
Poxa gostei muito do seu artigo, o outro blog que eu
estava lendo não tinha a mesma informação. A sua está
correta