Bolsonaro, a última ameaça da América Latina?!
Novamente perguntamos: ameaça a quem?
A centenária revista The Economist é vista como referência para os liberais no mundo todo. De fato, já produziu muito, e bem, ao longo dos anos, mas já errou feio também. Já estilizou o Cristo Redentor ora decolando, ora despencando, e até pedindo socorro. Enfim, costuma aventurar-se por praias desconhecidas, e às vezes se perde
Nessa edição em que se propõe a desancar Jair Bolsonaro, beirou a militância descarada, num texto para lá de panfletário. Limitou-se aos clichês de sempre, recorrendo aos episódios que costumam ser explorados por detratores, como aquele envolvendo Maria do Rosário. O autor o compara a populistas de diversos espectros ideológicos, refere-se a uma admiração sua por ditadores e chega a mencionar Augusto Pinochet, que teria feito o que fez após ouvir rapazes de Chicago, referindo-se à influência do economista Paulo Guedes (também formado em Chicago) nos planos de Bolsonaro para o Brasil de hoje
O artigo menciona a tragédia da economia brasileira, mas não reconhece os culpados e, se ataca a real possibilidade de Bolsonaro como Presidente, nada aponta sobre seu possível opositor num segundo turno, Fernando Haddad. E conclui afirmando que mais reformas são necessárias, mas que Bolsonaro não é o homem para promovê-las.
Só faltou finalizar com #elenão, fazendo coro com as socialistinhas ricas do Projac.
Enfim, como bem resumiu o editor Carlos Andreazza, esse texto, especificamente, poderia ter sido publicado na revista Carta Capital.
Sem mais.