JAMAIS DESISTIR
Hoje é dia 15 de outubro.
Encontro-me no pátio da ROTA, que comemora seus 50 anos. É impossível não ficar emocionado. Foram tantas experiências que aqui vivi. Testemunhos de abnegação. Valores. Amigos (que se tornaram irmãos de verdade) que deram tudo de si por acreditarem na missão que lhes foi confiada de combater o crime, mesmo que desse combate somente ganhassem a satisfação do dever cumprido e, como prêmios, recebessem cicatrizes no corpo e na alma. Muitos não retornaram para a base após o turno de serviço. Partiram para a Luz de Deus. E, junto ao Criador, continuam a olhar por nós.
Fiquei em silêncio e sentindo a energia fantástica que se está ao redor, no pátio “da Base”. Parece que nada mudou! A farda é diferente, mas a vibração é a mesma! São pessoas que dão tudo de si! Pessoas que vivem e, se preciso for, morrem para servir a sociedade. Mesmo que o único testemunho que tenham de todo esse esforço e vontade seja somente a dos seus próprios irmãos DE ROTA e, principalmente, com o crivo da própria consciência. Ao contrário do que muitos imaginam, aqui irradia vida. Vida, vontade de fazer a diferença, de servir, de estar presente na VIDA de quem mais necessita, de quem clama por socorro, de auxiliar, de estar pronto para defender o semelhante do mal.
Enquanto permanecia quieto, tive a HONRA de ser recebido por muitos guerreiros anônimos de boina negra. Que fantástico ser tratado como “um dos seus”. Esses homens investem tudo o que possuem, até o “último grão de energia”, no que acreditam. É justamente isso que aprendi aqui que levo agora em outra trincheira, em outra arena de combate, que é no Poder Legislativo.
Como em uma viatura de ROTA, onde não sabemos o que enfrentaremos assim que saímos para a rua, sendo que o MAL a ser enfrentado, por diversas vezes, não aparenta ser o que é, na Assembléia Legislativa, escondido em discursos bonitos (alguns até emotivos, com palavras bonitas), de pessoas que trajam roupas elegantes, eleitas e que dizem representar o povo paulista, muitas vezes se esconde a MÁ INTENÇÃO. A mentira. O interesse escuso.
A decisão que impacta na vida de milhões. O apoio velado a pessoas que, mesmo temporariamente no poder, causam mais estragos, fome, desemprego, desamparo, frustração e dor que muitos campos de batalha, mais destruição que muitas guerras. É o MAL que sabota a esperança. O MAL disfarçado em explicações e discursos que ludibriam quem ouve.
O MAL “sabe recompensar” alguns que enveredam por esse caminho. A CPI das Organizações Sociais de Saúde? Aquela em que se desejava apurar o destino de milhões e milhões de reais do contribuinte? Irregularidades de contratos? TERMINOU COM UM RELATÓRIO PÍFIO (https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2018/09/cpi-das-organizacoes-sociais-de-saude-termina-com-relatorio-pifio/)! “Concluída após um acordo entre os aliados do ex-governador e candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB)” conforme a reportagem que está no link.
Mesmo partido que há anos sucateia e vende o Estado. Mesmo partido que hoje emprega um dos membros da CPI “com relatório pífio” como Secretário de Estado (é o MAL premiando quem o apóia). Mesmo partido que explora os funcionários públicos. Mesmo partido cujos representantes, ainda que em cargos temporários, fazem contas para outros pagarem. Extinguem o que funciona bem, ignoram fatos, distorcem a realidade, mentem, caluniam, saqueiam, sabotam. Tudo somente para seus interesses.
Policiais de ROTA possuem aversão a qualquer oferta que o MAL faça. Preferem combater o que é errado, mesmo que em inferioridade, custe o que custar. Sozinhos ou somente entre seus poucos irmãos de propósito.
É assim, hoje, a arena, o campo de batalha, na Assembléia Legislativa. Muitos submissos aos interesses escusos do Poder Executivo (aquele que erra em decisões, mas cobra a conta de inocentes). Deveria haver independência entre os Poderes, deveria haver propósito, fiscalização. Mas atrás de roupas elegantes, sorrisos, belos discursos, se encontram muitos que se submetem ao MAL. Na verdade, somente são uma extensão do morador temporário do Palácio dos Bandeirantes (aquele que usou do rosto e fama alheia para eleger-se, mentiu, ludibriou e depois, demonstrando a “linhagem ideológica” do partido a que pertence, passou a difamar justamente quem deveria apoiar e agradecer). São uma extensão submissa. Sem consciência de propósito a não ser apoio ao LIDEr. O gestor de bens alheios.