A quem interessa o fim da PM?
Desde as manifestações de 2013, e agora com as manifestações atuais, também na esteira das manifestações nos Estados Unidos, ouvimos o mantra “Tem que acabar com a Polícia Militar”. Como Vossa Excelência analisa este movimento e a quem interessa o fim da PM?
Uma força pela democracia e estabilidade Disse o Cel PM Salles, “não espere reconhecimento daqueles que não conhecem o cheiro da pólvora ou o calor dos incêndios”.
Mas é necessário ir bem além. O enfraquecimento ou a extinção de uma força como a Polícia Militar (legalista, treinada e coesa) interessa principalmente a qualquer grupo que deseje alterar o ordenamento do país, principalmente por vias não democráticas, subjugando a vontade da maioria da população. Até, infelizmente, o tráfico de drogas, como no Rio de Janeiro, organiza grupos com características paramilitares para manter o controle de áreas e impor “sua ordem”. No YouTube os vemos gritando “- Aqui é tropa!”
Lembremos que tivemos vários outros movimentos, alguns com viés ideológico, como em 2015 com a ocupação de escolas (que tal recordar da Rebelião dos Pingüins, no Chile em 2006?). A PM foi acionada. Como foi em 2000, para desobstruir rodovias. Ela é a primeira resposta do Estado para a manutenção da ordem e por vezes a única.
KORYBKO, autor de livro sobre Guerras Híbridas, fala sobre as Revoluções Coloridas, que envolvem a derrubada de governos (considerados antiamericanos, no caso) e cita: “O objetivo de uma Revolução Colorida… é tomar o poder e derrubar a liderança do Estado. Ela é muito eficiente para essa finalidade… une a população… faz com que ela subjugue as instituições públicas que representam o governo…” (Korybko, Andrew – 2018)
É óbvio que o mesmo princípio é usado pelo outro lado. Ainda mais pelo fato da PM ser uma força de Estado. Não de governo e muito menos de partidos. Notório que nas manifestações atuais, a maioria da população é simpática a PM. Tanto que alguns políticos acabam por fazer uso de movimentos como ACAB (acrônimo da frase em inglês todos os policiais são bastardos) e, levianamente, os associa a movimentos “democráticos”. Idem os ANTIFA. O uso da desinformação como estratégia é recorrente pelos que querem a extinção da PM e, com isso, a derrubada de governos.
Mas, se não diretamente, ocorre solapamento (enfraquecimento) da PM de outras formas. Em São Paulo, desde a “era Covas”, isso é feito de forma sistemática. Mantendo os salários sempre baixos, apresentaram uma “vitória” para valorizar o PM: que ele vendesse suas folgas para as prefeituras. Depois, a DEJEM. O bônus, para que nem todos o recebam (principalmente os da reserva). O governador se referiu aos policiais aposentados, quando confrontado, como vagabundos. A situação de penúria faz com que o pessoal da ativa às vezes se esqueça dos companheiros da reserva. O governo sabe que com o tempo isso se torna “normal” e é necessário aceitar essa aberração. Essa é UMA FORMA DE SOLAPAMENTO, causa exaustão e baixa auto-estima (relegando ao esquecimento os veteranos).
Fomentar a extinção da PM interessa àqueles que, querendo alterar o ordenamento da nação ou a desestabilizar, buscando caminhos não democráticos, usando desinformação e outras técnicas, encontram na PM um óbice.
Óbice este, por sinal, que a população que ama nossa bandeira (não quem as queima), faz questão de tratar bem quando das manifestações. Democracia está na vontade popular. E a PM é seu principal apoio. Como sempre foi e será.