O fascismo da patrulha
O CRIME contra Maiara e Maraísa foi demais!
A que ponto chegamos!
Até hoje, eu nunca havia ouvido falar sobre Anderson França. E quem é o sujeito?
Esse cidadão é colunista da Folha de S. Paulo, jornal pertencente à extrema-imprensa. No ano passado, pediu o fim da Polícia Militar e vilipendiou sua logomarca inserindo-lhe um símbolo proibido ao qual faremos alusão mais adiante…
Bem, na data de ontem (21), ele resolveu preencher uma de suas colunas com bastante ódio, e bastante estultice.
No texto, Anderson ataca alguns artistas de axé, pagode, sertanejo, funk e os influenciadores digitais não pela a qualidade do que produzem, mas por sua falta de posicionamento em questões políticas. Ele se referia, em especial, ao silêncio de alguns deles quanto ao vídeo publicado pelo ex-secretário de Cultura, Roberto Alvim.
Bem, até aí faria parte do jogo, seria legítimo, estaria dentro do campo da liberdade de expressão, do direito que lhe assiste de até ser idiota. O problema é que, para ilustrar seu ódio, quero dizer, sua opinião, ele resolveu fazer uma chargezinha colocando uma braçadeira em uma das cantoras da dupla Maiara e Maraísa. O que havia na braçadeira? Uma suástica, símbolo característico do nazismo, o mesmo que ele fez questão de usar para atacar a PM em sua logomarca, como mencionamos acima. (É só dar um Google e conferir os infelizes desenhos).
O que é pior nesse episódio? Para atacar aqueles que ele julga terem silenciado diante de uma apologia a um regime totalitário (vídeo com ares nazistas), o defensor da moralidade, Anderson, usa de ódio para classificar pessoas, e as criminaliza.
A dupla sertaneja se manifestou oficialmente sobre o fato e adotará medidas judiciais.
A Folha de S. Paulo (que tem responsabilidade no episódio, pois permitiu que essa aberração fosse publicada, que seu espaço de opinião fosse preenchido com conteúdo criminoso) já retirou a charge e pediu desculpas à dupla.
O colunista criminoso (sim, criminoso, pois nazismo é crime, e ele acusou duas pessoas públicas de serem nazistas) não só não se desculpou como atacou:
“Gente. Se isso não é o maior reconhecimento que uma pessoa pode ter na vida, eu já não sei mais o que é. Maiara e Maraisa, cantoras da saga da cachaça, vão me processar. (…)
Maiara & Maraisa, porque choras? (SIC) A Folha de S.Paulo retirou o desenho do ar. Do site deles. Como é meu, amanhã estarei fazendo uma camiseta e uma bandeira, pra esperar por vocês em Lisboa”.
Pois é, morando em Portugal e cometendo crimes contra brasileiros, percebemos que nem a regras gramaticais ele conhece, muito menos as regras democráticas. Poderia então se limitar a desenhar, mas também tem problemas com desenhos. Aí fica difícil.
Agora reflitamos um pouco…
Sabe por que essas pessoas não se manifestam em questões políticas, Anderson? Por causa de censores como você, por causa da patrulha ideológica. No Brasil, as pessoas públicas não têm direito de pensar de maneira diferente do que determina o establishment. Qualquer artista com exposição na mídia que resolva externar uma opinião diferente do que você e sua patota pensam é imediatamente demonizado, perseguido, prejudicado. Isso aconteceu com Wilson Simonal na década de 70, lembra? Um dos grandes artistas de então foi acusado de apoiador do Regime Militar e prejudicado até o dia de sua morte.
Atualmente, o clima de perseguição ideológica coage famosos a se posicionarem publicamente sobre suas preferências políticas.
É fato que o artista que se assume nesse ou naquele espectro político-ideológico imediatamente atrai para si ataques de toda ordem em redes sociais, seja ele de direita ou de esquerda. Nesse ponto, podemos dizer que os loucos estão por todos os lados. Entretanto há uma diferença: quando a celebridade se posiciona à direita, não só enfrenta os ataques em redes sociais como também enfrenta a execração dos meios cultural, jornalístico, intelectual, porque esses espaços estão completamente loteados pelo pensamento esquerdista.
É por isso, e por outras razões, quaisquer sejam elas, que o artista, em alguns casos, se restringe a ser artista e não comentarista político. Aliás, é o que muitos deveriam fazer, afinal artistas têm obrigação de produzir bem sua arte, e só. É para isso que são pagos.
Voltando um pouco, o caso do vídeo de Roberto Alvim enseja muitas questões. Foi inadequado? Sim, é óbvio. Foi criminoso? A Justiça dirá. Gerou sua demissão corretamente? Não há dúvida, foi inconcebível. Todos concordam com isso, e todos bradaram, sendo de esquerda ou direita. Contudo, poucos órgãos de imprensa noticiaram até hoje o que aconteceu com ele no dia em que resolveu mudar de opinião e defender o atual governo.
Para que entendam a situação, sugiro que pesquisem como a classe artística atuou no dia em que ele repudiou a tentativa de homicídio ao então candidato à Presidência, Jair Bolsonaro. Até então, esquerdista, ateu, era um diretor consagrado de teatro, com diversos clássicos no currículo, diversos prêmios, sucesso absoluto, era professor, alguém certamente vitorioso no meio.
Pois bem, bastou pensar em dissonância com a patrulha e sua vida tornou-se um inferno. Ninguém mais o convidou para nada, perdeu os trabalhos, as aulas, o prestígio, a dignidade. Não sofreu apenas ataques em redes sociais, mas foi condenado, também, ao ostracismo no meio em que atuava.
Ele é nazista? Não sei. O vídeo tinha características nazistas? Sim, principalmente se levarmos em consideração que se trata de um diretor de teatro para o qual cada elemento cenográfico tem significado profundo, nada estava ali por acaso. Sim, o vídeo foi terrível, saudou um regime responsável por milhões de mortos, mas o que lhe aconteceu antes não foi pouco grave, embora não sirva como justificativa.
Voltando ao caso medonho de ontem, espero que a Folha e o tal colunista sejam processados e condenados. Para tudo existe um limite.
Não vi o mesmo repúdio do “escritor” e chargista, por exemplo, ao tuíte da deputada federal psolista Talíria Petrone, que exaltou a memória do genocida Vladimir Lenin. A imprensa, os artistas, os intelectuais, os defensores de direitos humanos, ninguém se manifestou contra. Aliás toda essa turma normalmente venera genocidas comunistas. Não seria diferente desta vez.
Ou seja, é sempre uma revolta seletiva a desses Cavaleiros da Justiça. Para eles, a questão não é o que a pessoa faz, mas de que lado ela está.