A pulverização de forças que evita a renovação
A eleição municipal, principalmente naquela que é uma das maiores cidades do mundo, São Paulo, deixou várias lições que não merecem cair no esquecimento. Quem tinha esperança em uma grande renovação, com novas idéias e posturas, pode ir se conformando com um resultado diferente. 62% dos que ocuparão uma das 55 cadeiras da Câmara Municipal de São Paulo foram reeleitos. São, portanto, vereadores da legislatura anterior. Somente 21 vereadores serão novos na Casa.
Um grande contingente de candidatos que representavam categorias específicas (especialistas cuja visão profissional poderia se reverter em bons projetos em prol ao paulistano) resultou em uma imensa pulverização de votos.
Vou tentar me ater à categoria ao qual pertenço: a dos policiais militares. E vou, também, deixar bem claro: não estou falando a respeito de uma pessoa de forma específica, suas propostas, ideologia, formação que possui, histórico profissional, nada disso.
Somente uma constatação superficial, baseada em uma pesquisa levada a cabo em um site pertencente a um grupo jornalístico, onde podem ser consultados os resultados individuais dos candidatos.
No caso, do grupo de 65 militares (policiais militares, bombeiros e integrantes das forças singulares), onde nenhum foi eleito, verificamos que 44 inseriram os postos/graduações de Coronel, Capitão, Sargento e Cabo juntamente com o nome.
Pois bem, 11 candidatos com o posto de “Coronel” apresentaram-se para a eleição. Somando-se todos os candidatos, receberam um total de 30.454 votos sendo que, destes, 14.117 foram para o mais votado e 673 para o menos. 5 Coronéis conseguiram mais de 2000 votos. Nenhum foi eleito.
Na mesma linha, 6 candidatos possuem a patente de “Capitão”. Em conjunto, conseguiram 16.250 votos, com 4.992 destes para o mais votado e 186 para o menos. Dos 6 capitães, 5 conseguiram mais de 2000 votos. Nenhum eleito.
A graduação de “Sargento” foi utilizada por 13 candidatos que, em conjunto, receberam um total de 21.928 votos, com 7.443 destes para o mais votado e 153 para o menos. 7 sargentos conseguiram mais de 1000 votos e, destes, 2 mais de 5000. Nenhum eleito.
Os “Cabos” fizeram-se presentes com 14 candidatos que, conjuntamente, receberam 15.674 votos, sendo que 4.374 foram destinados ao mais votado e 118 para o menos. Destes 14, somente 5 conseguiram mais de 1000 votos. Nenhum eleito.
Simplesmente ocorreu a pulverização de 84.306 votos entre 44 candidatos, o que resultou em nenhum eleito. É claro que não ocorreu uma “coordenação institucional”, direcionando votos para eleger um ou poucos representantes. Foi respeitada a iniciativa individual, puramente, sem qualquer forma de ingerência ou mesmo sugestão (para candidatura ou simplesmente declinar dela).
Desta forma se talvez tivesse ocorrido uma iniciativa de coordenação dentro da “categoria” (sendo efetivo falar que não ocorreu e dificilmente teria sido feita, até por não ser o escopo da Polícia Militar como instituição), sugerindo-se, independentemente de posto ou graduação, que determinado candidato com maior chance de ser eleito pudesse ser apoiado pelos demais com somente 2, por exemplo, entre os 44 candidatos elencados, seguindo essa lógica, possivelmente ocorreria a vitória dos 2 (com o conseqüente aumento de compromisso deles dentro da categoria).
É fato que todos os 44 candidatos utilizados na amostragem são pessoas honestas, capazes e íntegras. Mas, será que 42 abririam mão de suas pretensões individuais para efetivamente ajudarem a eleger dois dos seus companheiros ou companheiras de armas?
Seria interessante imaginar a circunstância de, anterior ao período eleitoral, todos com o desejo de alcançar uma cadeira no Poder Legislativo, pudessem ser conhecidos e, destes, a própria categoria (força policial, saúde,
Gostaria de saber se os paulistanos não estão sismado de resultado para prefeito também lamentamos ou não sabemos se alguns militares conseguiram vaga para senadores ou o senhor Major Mecca pois temos certeza que seria uma ajuda muito boa a PMSP
É muita burrice do eleitor elegendo sempre as mesmas cobras, sempre picando no mesmo local,não querem mudança,parecem que querem adiantar o apocalipse!