NÃO CAIA NESSE GOLPE
Irmão policial saiba que há muito tempo o governo utiliza técnicas para que nossa classe se torne desunida.
Veja como isto é feito:
-
Sempre falaram que o serviço policial é cansativo e que o policial tem poucas folgas. O governo desconstruiu isso. Bem devagar. Primeiro manteve os salários cada vez mais baixos, e depois, apresentam uma “vitória”. Fizeram com que o PM vendesse todas suas folgas para as prefeituras fazendo serviços como correr atrás de camelô para apreender material! Pronto. O PM faz um serviço que não é o seu, não exige especialização e não incorpora no salário. Mas consegue pagar suas contas. Com o tempo o PM se acostuma e acha normal. Não há problema, certo? Errado!
-
Depois, explorando a necessidade do PM, se cria a DEJEM. Agora com certeza o governo acha que o policial tem folga demais e que não é necessário reajuste. Só não enxerga a exaustão do policial quem não quer.
-
Contrataram policiais aposentados para ir fiscalizar o público que se dirigiu a Olimpíada. Como existem contas a pagar, houve adesão. Para o governo estadual foi “prova” de que os estudos que apontam que a vida do policial é estressante e que vive bem menos que outras pessoas podem ser esquecidos. E que aposenta cedo (segundo o governo). Ele sabe que a necessidade fala mais alto. Saúde física e mental? Vida familiar? Irrelevante para o governo.
-
FARINHA É POUCA, MEU PIRÃO PRIMEIRO. Foi criado o bônus! Nem todos o recebem. Os da reserva? Nem pensar! Para o governo o que importa é criar “uma ajudinha” para os da ativa. Segundo o governo, aposentado “é vagabundo”. Como a situação é de penúria e qualquer dinheiro é bem vindo, isso faz com que o pessoal da ativa às vezes se esqueça dos companheiros da reserva. E que um dia, também, irão para reserva. E o governo sabe que com o tempo isso se torna “normal”. Alguns da ativa, por necessidade, aprendem que é “normal” que a reserva não tenha paridade e ganhe menos.
Quando o policial mais novo vai perceber tudo isso?
Normalmente quando se casar, tiver filhos e muitas contas a pagar. Vai ter certeza que se tornou escravo do governo. E o que acontece quando o policial ficar doente e não puder mais vender suas folgas na DEJEM e na Atividade Delegada? Ou pior, o que fazer quando um filho ficar doente? Quando sua presença é necessária em casa e não é possível mais vender suas folgas naquele momento? Acontece então o “normal” (para o governo): vaquinha em grupos policiais do WhatsApp para um socorro momentâneo. Salário digno? Exemplos como a PM de Santa Catarina? Bem remunerada. Valorizada. Para o governo são coisas que jamais se deve levar em consideração. O governo enxerga o policial de São Paulo como mão de obra barata.
Mas logo aparecerá algum “sábio” com mais alguma “vitória”. Vamos recontratar aposentado? Acostumou-se a ganhar pouco, a não ter vida familiar, não ter descanso e, sem ganhar o tão “comemorado” bônus (que para “agradar” aos da ativa, vira bimestral, quebrando a paridade com os da reserva), possuem dívidas e precisam agora comprar remédios. Na verdade, para ajudar a construir a “fantástica vitória” de recontratar aposentado, basta explorar a miséria que têm se instalado e fazer com o que os da ativa comecem achar que cada um deve “ver o seu lado”.
Amigos policiais vejam que não é um acaso. É um método para tentar dividir a classe policial. E muita gente ganha com isso!
Não caiam nesse golpe.
Unidos somos mais fortes.