Liberdade. Nós realmente a temos?
Liberdade!
Primeira palavra que foi proferida na Revolução Francesa? Não somente. Essa palavra perpetuou-se e acabou por se tornar o grito por democracia. Um grito a ser ouvido e que alguns poucos fingem ignorar.
Qualquer forma de governo opressor, qualquer Estado aparelhado, teme quando “seu povo” deseja libertar-se de grilhões.
Grilhões? Falamos de regime escravocrata? Submissão ao poder estatal? De certa forma, SIM!
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Assim, no dia 01 de setembro, às onze horas e dez minutos, eram mais de 608 bilhões arrecadados! 37.39% desse montante é representado pela arrecadação de São Paulo (Estado). A capital, São Paulo, é responsável pela arrecadação de mais de 21 bilhões de reais. Esse volume gigantesco de dinheiro é revertido em benefício ao cidadão? O que vemos de “distribuição” nos gabinetes estatais é o mesmo do que destinado às periferias? O soldado da PM na viatura que patrulha as ruas de madrugada, o professor que ensina nossos filhos, o médico no pronto-socorro que nos atende, é recebedor de boa parte desse dinheiro, justamente para nos melhor servir?
Bom, somente o orçamento da Suprema Corte, pegando um dos milhares e milhares dos “setores públicos”, daqueles que seriam, ao menos naquela que seria na definição da palavra, “servidores públicos” (de SERVIR ao cidadão) nas mais diversas esferas, é de mais de 600 milhões de reais.
Um, dos vários e vários e muitos, muitos e mais diversos contratos desse SETOR PÚBLICO (o Contrato Nº 26/2019), no valor de quase meio milhão de reais é sobre… fornecimento de refeições institucionais (incluindo alimento e bebidas). Inclui várias (muitas) opções de prato principal e sobremesa, alguns elaborados conforme as “regras kosher ou halal” (conforme o contrato), tão como “o cardápio deverá incluir opção de pratos de dietas especiais…vegetarianas, veganas…”! Isso reveste-se EM QUAL BENEFÍCIO AO CIDADÃO QUE PAGA IMPOSTOS? Isso reflete o que se espera do setor dito “público”? Mesmo para outros funcionários públicos, principalmente os concursados, o que pensa, por exemplo, uma enfermeira que trabalha de madrugada, em um posto de saúde na periferia de São Paulo, recebendo um salário pífio, quando descobre que outros funcionários públicos são destinatários de um tratamento tão diferente do seu? O que é a realidade fora dos gabinetes? Será que ela é conhecida por todos?
Aqueles que (novamente estou copiando trechos do Contrato Nº 26/2019 do STF) no almoço ou jantar de “3 horas de duração” com variedade de bebidas, incluindo “ bebidas alcoólicas: uísque, gim, vodca, Campari, vinhos brancos e tintos nacionais premiados, espumantes nacionais premiados, licores e digestivos”, sendo que “a contratada deverá fornecer os copos e as taças de cristal” pertencem a algum “reino da idade média” onde “a corte é servida”? O que motivou a Revolução Francesa? O que os políticos eleitos e que estão no ambiente das Assembléias Legislativas, Congresso Nacional, sabem a respeito do que sente o cidadão, o povo ao qual teoricamente representam?
O que é um Estado aparelhado?
Como se sente o cidadão “comum” brasileiro (“comum” pois é trabalhador, honesto, pagador de impostos, sofre ao ver faltar algo para seus filhos, é possuidor de fé e esperança, não pertence a nenhuma “casta elitista” etc.) ao ver que, aqueles que recebem tão formidável refeição, paga com dinheiro público, em almoços com duração de até três horas, são os mesmos que determinam o que é verdade ou mentira, quem pode ou não ser preso (inclusive por opinião, aliás opinião que por vezes reflete exatamente o que este mesmo cidadão pensa)? Que por vezes, são aqueles que deixam prescrever crimes de corruptos, enquanto o cidadão “comum” teme ser despejado, caso atrase o aluguel.
Somente para começo de conversa, testemunhamos por intermédio das redes sociais alguns atores do ESTADO que não permitem qualquer liberdade de expressão ou pensamento, a não ser a que seja similar ao desse mesmo ator (ator literalmente). Liberdade, que é garantida por nossa Carta Magna, desde que alinhada, em submissa concordância com a visão, com a “verdade”, daqueles que possuem poder de julgar.
No artigo 5º (Constituição Federal), “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se … a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade…”. Podemos expressar nosso pensamento? Pela Constituição “é livre a manifestação do pensamento…”. Mas, podemos mesmo? Posso realmente falar o que acho a respeito do Estado, do seu aparelhamento, do que é revertido ao cidadão?
Pois bem, como viram no texto, há muito mais perguntas do que respostas. Há mais indagações que certezas, certo? ERRADO!
Há uma certeza sim! Todos nós queremos LIBERDADE.
Queremos um Estado justo que, se aparelhado, o seja para servir ao cidadão.
Queremos todos poder expressar o que sentimos, quer seja expressando nossa alegria ou apoio a um dirigente democraticamente eleito pela maioria, quer seja cobrando providências daqueles que destinamos nossos votos, nossa esperança e fé para nos defender na arena política. Isso é DEMOCRACIA. ISSO é LIBERDADE!
7 de setembro! Independência ou morte! Assim consta nos livros, nas pinturas, a respeito do gesto, do grito, da proclamação de independência de nossa nação, às margens do Riacho do Ipiranga.
Queremos o mesmo hoje!
Liberdade para expressar o que sentimos, sem censura. Sem que ninguém nos “defina o que é verdade”.
Que os poderes constituídos, mais que harmônicos, sejam independentes.
Que aquele que foi escolhido, por uma maioria, possa realmente trabalhar e fazer pela população o que se prontificou a fazer.
Não queremos a morte de uma nação, a morte de nossa esperança. Queremos ordem. Queremos progresso.
Não, à “morte” da democracia. Não, à “morte” de nossa liberdade. Liberdade de expressar o que sentimos, o que pensamos, de apoiar quem representa a maioria e, hoje, uma nação. Liberdade para poder discordar de alguns, que tiram a liberdade de muitos, a começar de nosso dirigente máximo!
7 de setembro. Eu vou! Pela liberdade, pela democracia, pela fé! Com ordem, desejando progresso.