COE – Comandos e Operações Especiais
Unidade forjada nas ocorrências mais complexas e difíceis da história do Estado de São Paulo, os policiais detentores da lendária Boina Verde fizerem-se presentes em ações pioneiras de resgate de reféns, grandes incêndios, missões policiais e de salvamento.
Os Boinas Verdes paulistas percorreram cabos singelos a dezenas de metros de altura e saltaram de helicópteros para salvar vidas no Edifício Joelma, combateram terroristas que tomaram uma aeronave Electra no Aeródromo de Congonhas, participaram de resgates de aeronaves sinistradas, salvaram vidas em missões apoiando a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, entre centenas de outros exemplos.
Na imensa maioria das vezes, esses guerreiros anônimos eram somente percebidos pela ousadia e coragem com que atuaram (e continuam atuando), tão como pelo diferencial no uniforme que os destacava: o símbolo dos Comandos e Operações Especiais em suas mangas e a Boina Verde que os distinguia.
Mas há um distinção maior ainda que os símbolos que citei. As cicatrizes. O escritor irlandês Clive Staples Lewis muito corretamente citou: “ Os únicos que não tem cicatrizes são os que decidiram não combater ”. Com orgulho, o “devoto da caveira que sorriu” leva no seu corpo e alma cicatrizes. Cicatrizes de quem optou deixar de lado o conforto para ousar pisar e fazer a diferença onde ninguém mais o faria.
As cicatrizes daqueles que tem a absoluta certeza de operar em ambientes extremos e ocorrências difíceis pois “ alguém tem que fazer isso ”. As cicatrizes que mostram no corpo que este foi levado ao limite na intenção de fazer a diferença onde a maioria não conseguiria. Benditos sejam esses guerreiros que carregam cicatrizes. Benditos esses que se voluntariam para tal.
Que as cicatrizes sejam uma distinção e que sirva de inspiração aos mais jovens para dar continuidade ao trabalho daqueles que foram forjados no fogo dos incêndios, no frio das matas, nas chuvas durante os salvamentos e no calor do combate.
Que o exemplo daqueles que serviram nesta que é a única equipe policial brasileira considerada como uma unidade de Comandos, tão como os filhos do castelo de “Achnacarry” (na Escócia) se mantenha PERPÉTUO.
As cicatrizes propiciam na face desses policiais guerreiros não uma expressão rude, alusiva a rotina operacional intensa. Propiciam, na verdade, uma expressão de serenidade. Típica daquele que se sujeitou a fazer o seu melhor em vida.
Faço-me presente nessa data ímpar não por intermédio deste documento. Mas por meu respeito, admiração e, sobretudo, gratidão por saber que a Polícia Militar e o Estado de São Paulo, podem contar com esta unidade tão aguerrida. Vida longa aos Boinas Verdes. Queridos ” devotos da caveira que sorriu”.