O que faz quem você elegeu?
Há um “termômetro” excelente que utilizo com minha equipe: o volume de mensagens que recebo com pedidos, sugestões de projetos, solicitações para que eu faça intervenções etc. Cobram-me (e acho correto) para que tome medidas, quer sejam políticas, jurídicas ou legislativas a respeito dos absurdos cometidos por um desgoverno. São irreais, levianas, hipócritas, para muitos paulistas honestos, as prioridades (como destinar dinheiro para publicidade ao invés da saúde) e posturas medíocres do chefe do Poder Executivo.
Mas, também há uma questão: existem 94 deputados na Assembléia Legislativa. Todos foram eleitos, no mínimo, com dezenas de milhares de votos. Poucos, porém, manifestam-se quando há uma medida absurda feita pelo governador. Pouquíssimos. E estou entre eles.
Estes poucos (no qual me incluo) elaboraram não um, mas vários pedidos de impeachment. O que ouvimos de alguns poucos, também, nas redes sociais? “- Não vai dar nada”. Se for seguir esse raciocínio, de passividade, de omissão, de somente aceitar, então não mudaremos nada. Melhor se calar? Fazer absolutamente nada, “pois vai dar em nada”? Com certeza NÃO. Essa “lógica”, na devida proporção, poderia ser assim resumida: “Por mais que a polícia prenda criminosos, sempre haverá um crime amanhã. Por mais que se enfrente uma Organização Criminosa (que encontrou seu paraíso em São Paulo, com a omissão do governo), ela ainda existe. Então… melhor não fazer nada. Deixa como está”. Irreal? Sim. Totalmente. Todos os dias policiais irão para as ruas para deter criminosos. Todos os dias médicos irão para hospitais, pois aparecerão pessoas doentes. Não pode ocorrer interrupção ou omissão nessas missões. Por mais que todo dia alguém fique doente ou seja vítima de roubo.
Mas… E o deputado que responde a vários processos por improbidade e ainda assim foi eleito? Bom, para ele estar na ALESP, sair em fotos com integrantes do Poder Executivo, aprovar projetos que prejudicam todo um Estado como São Paulo, fazer com que a saúde e segurança do cidadão não recebam os investimentos que deveriam para que a publicidade do desgovernador seja mais robusta, significa que milhares de paulistas votaram nele. Só isso. E se continuarem a votar e nunca cobrarem esse parlamentar, continuará sempre do mesmo jeito.
A Polícia Militar aprendeu em São Paulo, a duras penas, o que é “não falar NÃO”. Quando surgiu a Atividade Delegada (bico oficial para vender folga coibindo comércio ambulante), alguns poucos que vislumbraram o que ocorreria no futuro avisaram aos seus pares, nos quartéis “- Não façam isso. Se houver adesão, nunca mais teremos reajuste. Vamos suportar um pouco mais das provações e falar não”. Esses poucos foram execrados. O resultado hoje: o salário está muito pior que antes, inventaram outras formas de vender folgas, deram bônus (para que veteranos e viúvas de policiais não recebam), o número de “vaquinhas” para auxiliar policiais feridos aumentou exponencialmente e, pela necessidade, pois “farinha pouca, meu pirão primeiro”, muitos policiais recrutas pouco se importam com a situação dos veteranos que trabalharam décadas para que a Polícia Militar existisse até hoje (existisse e estivesse em condições dar emprego aos mais jovens, aptos em concurso). Para muitos, é “normal”. É “assim”. Melhor “não fazer nada e aceitar”. Alguns talvez falem: “- Que pena dos antigos… mas vou para DEJEM e para a Delegada. Depois na solenidade, que ocorre uma vez por ano e sou obrigado a ir, dou um aperto de mão no veterano”.
Com absoluta certeza, se na época da “valorização” da Atividade Delegada houvesse NENHUMA adesão, se na época em que surgiu muitos NÃO fossem atrás de prefeituras para que o policial vendesse suas folgas, hoje o salário das Polícias de São Paulo não seria um dos piores do Brasil. No caso dos delegados e categorias da Polícia Civil, é O pior. O imediatismo, a incapacidade de olhar para frente e, porque não, a falta de exigência por melhores condições, cobram e cobrarão ainda mais seu preço.
Já COBROU o deputado que elegeu? Ao invés de falar “não vai dar em nada”, você fez SUA parte exigindo de quem recebeu SEU voto, que faça oposição e que negue apoio à corja que infesta o Poder Executivo paulista há décadas? Cobrou seu deputado que vote NÃO a projetos que prejudicam a população? Se você ajudou a eleger político corrupto, ímprobo, que vota a favor do aumento de impostos, que dá suporte ao desgovernador e não o cobra e, também no futuro, volta a elegê-lo, então você também é culpado. Concorda com o que ocorre.
Pedidos de impeachment, denúncias no Ministério Público, Procuradoria Geral da República, fiscalizações, ações judiciais etc. Vou continuar a fazer quantas forem necessárias. Se vai “dar em nada”? Não me importa e nem aos poucos deputados com o qual, de forma aliada, fazemos oposição à aberração tucana que se encontra no Palácio dos Bandeirantes. Além de legislar, tanto eu como esses poucos, vamos continuar a fazer nossa parte.
Esses tucanos vão fraudar a urna de 2022 temos que estar preparado ngm aguenta mais esse dória em sp e seus parceiros pt , MDB … Essa máfia tem q acabar e pagar por tudo Torcendo para que entre em vigor futuramente uma lei para pena de morte para corruptos.